quinta-feira, 31 de outubro de 2013

COISAS QUE BEM PREFERIA NÃO PENSAR...

Tarde passada no tribunal, julgamento com vários arguidos, não menos advogados, fui o primeiro a alegar (ou seja, sobrou-me tempo para pensar enquanto ouvia - em verdade, mal ouvia - as alegações dos colegas).
E a cabeça fugiu-me para estas eleições e para esta campanha eleitoral para os órgãos da Ordem dos Advogados Portugueses.
Olhei para algumas das propostas já publicadas e percebi a necessidade que algumas candidaturas terão sentido de recorrerem a agências de comunicação: há coisas tão nojentas em algumas das ideias propaladas (se confrontadas com a prática de cada um dos candidatos que as faz, a maioria das vezes, mas algumas de per si) que só mesmo com ajuda profissional se pode esperar que passem como boas para os advogados...
Comentava isso com uma Colega (por acaso, afeta a uma lista que não a "I") que me alargou o pensamento para outras coisas: "tu já reparaste que não falam das ideias que têm mas falam mal dos adversários?".
Confesso que sempre pensei que más ideias (ou boas mas que não são, de facto, de quem as emite), desespero de causa e muita covardia e calhordice à mistura não poderia dar grande coisa.
Mas nunca imaginei que pudesse dar para tanto (ou para tão pouco, depende da perspetiva)...
E era exatamente isso que estava a pensar quando, chegado do tribunal, abro o FB e me aparece, num post de uma dessas "pessoazinhas" o comentário de uma jornalista que não sabe ler português (ou então estava com os copos e leu dois onde estava escrito um e publicou que eram dois)...
E percebi que, de facto, a imaginação de alguns para o cometimento do mal é absolutamente impressionante...
Mas amanhã é um dia novo e com coisas boas, de certeza...

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