Acho uma piada tremenda aos que acham que os 230 deputados que elegemos no passado dia 30 de janeiro têm de sancionar o nome de um deles (no caso, do deputado Amorim) para a função de Vice-Presidente da Assembleia da República...
E, ainda mais piada acho (sim, estou a ser irónico!), quando dizem que votar em sentido diverso dessa sua vontade é boicotar os eleitores do partido que permitiu a esse candidato ser deputado.
É óbvio que um partido que nega a Democracia, que nega o parlamentarismo, que até pede um (quase) messiânico presidencialismo não dirá outra coisa... daí a poder impor a sua vontade aos demais 218 deputados vai um caminho longo (e que longo se quer)!Na verdade:
- da Democracia decorre a eleição direta dos (in casu) 12 deputados do partido Chega; ninguém lhes retira a qualidade ou a legitimidade: são deputados à Assembleia da República;
- da Democracia decorre a respetiva capacidade eleitoral passiva para todas as funções inerentes ao estatuto de deputado;
- também da Democracia decorre a capacidade eleitoral (ativa, neste caso) dos 230 deputados eleitos à AR, ou seja, a capacidade de eleger, para o que aqui importa, os Presidente e Vice-Presidentes da AR;
- qualquer um que se apresente a qualquer função que decorra de eleições sabe que, sujeito ao escrutínio dos seus pares, pode ou não ser eleito;
Em suma:
a) tem legitimidade o partido Chega para apresentar, de entre os seus eleitos, um candidato a Vice-Presidente da AR? Obviamente!
b) têm os deputados, que de acordo com a sua consciência e com o programa eleitoral a que aderiram, de sufragar essa apresentação? obviamente, não: fá-lo-ão se a sua consciência o ditar, negarão esse sufrágio se a sua consciência o mandar (se reparar, nem os do partido Chega estão a isso "sujeitos")!
Isso é Democracia!
Respeitá-la é um imperativo (categórico) para os Democratas!
Por isso, não me venham com a treta de que há alguma espécie de boicote a quem votou (seja em que partido tiver votado)!
Todos os que votámos no passado dia 30 de janeiro participámos numa eleição que constitucionalmente está definida como servindo para eleger deputados; e deputados de quem se espera que, de acordo com o programa eleitoral a que aderiram e com a sua consciência, o sejam plenamente.
a) tem legitimidade o partido Chega para apresentar, de entre os seus eleitos, um candidato a Vice-Presidente da AR? Obviamente!
b) têm os deputados, que de acordo com a sua consciência e com o programa eleitoral a que aderiram, de sufragar essa apresentação? obviamente, não: fá-lo-ão se a sua consciência o ditar, negarão esse sufrágio se a sua consciência o mandar (se reparar, nem os do partido Chega estão a isso "sujeitos")!
Isso é Democracia!
Respeitá-la é um imperativo (categórico) para os Democratas!
Por isso, não me venham com a treta de que há alguma espécie de boicote a quem votou (seja em que partido tiver votado)!
Todos os que votámos no passado dia 30 de janeiro participámos numa eleição que constitucionalmente está definida como servindo para eleger deputados; e deputados de quem se espera que, de acordo com o programa eleitoral a que aderiram e com a sua consciência, o sejam plenamente.
A Democracia tem regras, meus senhores!
A eleição (na sua vertente ativa e passiva) é uma delas!
Querer impor seja o que for aos demais, isso sim, é boicotar a Democracia!
A eleição (na sua vertente ativa e passiva) é uma delas!
Querer impor seja o que for aos demais, isso sim, é boicotar a Democracia!
Haja decoro!