terça-feira, 25 de agosto de 2020

Para este peditório, não dou...


Razões por que me recuso a participar desta "fantochada":


1. Então, agora, a Ordem dos Advogados Portugueses faz inquéritos tipo o "programa da Cristina" ou do "Rui Santos pergunta", sem saber se quem respondeu é, de facto, Advogado, Solicitador ou Agente de Execução, sem saber (partindo do pressuposto de que só esses respondem - mega lol -) a quantas inquéritos responderam os que o fizeram, sem assegurar o mínimo de amostragem???!
(Caramba, só faltou mesmo que a "proposta" viesse acompanhada de um número daquele "760", com ou sem João Baião a dizer que é só "um euro mais IVA")...
2. Um inquérito faz-se com uma amostragem mínima, uma segurança mínima, uma qualidade mínima...
3. E faz-se com rigor nos conceitos: para um um Advogado, há apenas três formas possíveis para o exercício da profissão:
a) em prática individual (isolada ou individual strictu sensu);
b) em prática societária;
c) em contexto de contrato de trabalho (aqui se inserindo os Advogados de empresa e, obviamente, os falsos recibos verdes, sejam falsos recibos verdes por conta de sociedades de advogados, seja por conta de advogados em prática individual); chamar prática individual "à situação em que o escritório não é detido por mim, mas trabalho para outro(s) Advogado(s), Solicitador(es) ou Agente(s) de Execução" é de bradar aos céus! De alguém eleito para representar Advogados esperava-se algum rigor de linguagem, que não se comparasse a beira da estrada com a estrada da Beira, passe a expressão...

Razão fundamental: cada vez mais fico com a certeza de que a ideia não é perceber o que querem os Advogados, Solicitadores e Agentes de Execução, mas sim e apenas tentar descobrir que condimentos hão de ser postos no prato que já se decidiu qual vai ser para que o dito seja conveniente e (de preferência) silenciosamente engolido pelos Senhores Advogados, Solicitadores e Agentes de Execução...
Já aqui há tempos, por causa de umas "conferências" em que se chamou para falar apenas um lado da questão, tinha ficado com esta ideia: agora, fica-me a certeza...