terça-feira, 7 de março de 2017

Discordo do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres...

A propósito de uma polémica que para aí anda, a propósito de uma palestra que era para ser dada pelo Prof. Nogueira Pinto, algumas notas (que, em consciência, me fazem faltam publicadas):
1. bem esteve quem quis ir a um estabelecimento de ensino propalar a sua ideologia: quem tem ideias deve expô-las, desde que não obrigue os outros a "engoli-las";
2. bem estiveram os estudantes que pressionaram a direção da sua escola para que o evento não acontecesse: é esse o papel de quem tem ideias: defendê-las! 
3. muito mal andou quem cancelou o evento: é de quem dirige e não de quem é dirigido que se espera respeito pela máxima de Voltaire "discordo do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres"!
Em suma, que de um lado e de outro se tenha tentado fazer "lobby" demonstra, quanto a mim, que a Universidade Pública está sã e há nela a diversidade de pensamento de que precisa para se afirmar como o que deve ser: Universidade!
Lamento, sim, que a falta de liberdade de quem a dirige tenha tido estas consequências: fazer parecer uma casa onde há liberdade com muitas pseudouniversidades que para aí andam, onde só os que queriam organizar o evento têm lugar. 
Lamento, sim, que tão pouca gente ande preocupada com o facto de tanta "universidade" ser veículo de pensamento único...

quinta-feira, 2 de março de 2017

Preconceitos: é deitá-los abaixo!


Leio este artigo de opinião e lembro-me da minha própria história:
- 8 ou 9 anos  (a minha irmã tinha começado as aulas de ballet;
- e eu cheio de vontade de ir também;
- os meus pais (mais o meu pai que a minha mãe, é certo) davam a maior força;
- alguém (aliás, "alguéns") no resto da família começou a dizer que isso era para meninas e para meninos "larilas" - que raio de palavra!;
Resultado? Eu lá continuei no vólei...
Não recrimino ninguém por isso, mas estou convencido de que muito teria sido diferente se esse preconceito idiota não me tivesse feito mudar de ideias.
Deixem as crianças serem crianças: com bonecas, com carrinhos, com bolas, com sapatilhas de ballet, com tudo o que lhes possa fazer bem... também passa por aí o amor que elas merecem!