Hoje, dia em que partiu Maria Barroso (mulher que admirei sempre, acima de tudo por nunca ter deixado de ter o seu próprio nome), lembrei-me de ter escrito uma coisita, pensando nela e fui procurar...
Encontrei: é de 27 de janeiro de 1997 e era assim:
FECHA O PANO
Os olhos procuram-te...
Forçada, inclino o rosto
E o pano fecha...
És alma de mim.
E somos juntos força
Que vem do nada aparente.
Saudade talvez
Espoliada
Verdade (talvez nada)
Desejada.
Onde estás, meu Mário?
Para onde te roubaram?
A peça acabou; fi-la toda
Sabendo que te levaram
Mas ninguém diz o que se passou...
- Sobe o pano!!!
- Não subam!
A Maria desmaiou...
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