À vista do que inalcançável transportas,
Enchem-se-me os sonhos de alegria,
Sinto os dedos inchados de poesia
Que retenho
E não me consinto verter
Nas linhas onde
Apesar de tudo
A queria confessar.
E é cansado desse asco
De mim mesmo que adormeço…
É então (e só então)
Que o Sol se esconde
Na solidão fria
Que me impuseste
Nesses tons de azul
Que não mereço.
E os sonhos já não teimam em correr,
Os versos nem ensaiam um grito mudo...
Porque te espanta, meu amor,
Que me recuse a despertar?
Espinho, 16 de Agosto de 2011
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