quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sic transit gloria mundi

Ouvi, aqui, com mágoa, a parte do discurso em que Sua Excelência, o Senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, aproveitou para, sem nunca se dirigir ao Bastonário da Ordem dos Advogados, achincalhar e apoucar - por não identificar a(s) pessoa(s) a quem se quis dirigir - entre outros, os advogados e o seu mais alto representante.
Já por várias vezes o disse e, por isso mesmo, estou à vontade para o dizer sempre: nem sempre gosto do estilo do Senhor Bastonário Marinho e Pinto, embora me veja forçado a reconhecer que tem razão em muitas das críticas que faz (não nego o conteúdo, portanto, embora me custe a forma).
Mas tenho que admitir que “me deu a volta à tripa” ouvir alguém que é tão alta figura do Estado a proferir aquelas palavras, num estilo que me fez preferir o do Senhor Bastonário Marinho e Pinto.
Nem me vou referir a uma questão essencial que me incomodou mais que tudo, pois quem afirmou (em tempos idos) que os advogados são os responsáveis pelos atrasos na justiça não poderia vir senão dizer que é preciso pôr debaixo dos poderes judicial e político a alçada disciplinar dos advogados; mas tenho que dizer uma coisa: prefiro, indiscutivelmente, quem chame os bois pelos nomes e assuma, por isso, a devida responsabilidade; prefiro, de longe, a sinceridade e a rectidão de quem diz o que pensa…

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