sexta-feira, 23 de abril de 2021

Seis anos...
Dois anos antes, começara o martírio: interrogatórios por tudo e por nada, prova mais que feita logo no Inquérito de que a minha cliente jamais poderia ser condenada e, mesmo assim, lá veio a acusação...
Durante os anos que se seguiram (caramba, foram mais de seis anos), vítima de uma Acusação do MP (sem nexo técnico, mas ferozmente apoiada pelo "jornalixo" que por aí anda), a minha cliente perdeu o que era na altura o seu meio de sobrevivência, perdeu amigos que (por não a conhecerem, duvidaram); perdeu muito aquela Senhora (feliz - e orgulhosamente! -, nunca perdeu a confiança em quem escolhera para a acompanhar naquele calvário e eu estou-lhe imensamente grato por isso!).
Hoje, o tribunal decretou (aderindo, aliás expressamente, aos meus argumentos): a montanha nem um rato tinha por onde parir!
Os anos, as angústias, os medos, as horas de sono perdidas, esses não se recuperam...
Mas reafirmou-se a esperança de que há Justiça quando é nos Tribunais que a Justiça se faz!
E, confesso, deu um gozo do caraças este meu "fazer vida dos problemas dos outros".

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