Eu tenho a mania de repartir as férias ao longo do ano, para
não ter de as fazer em agosto (gosto de estar em Espinho quando toda a gente de
cá foge, acho).
Este ano, para descansar – e namorar, vá, que também tenho
direito 😉 – estive em Florença em junho. Adorei a
cidade, por ser identitária de um género de povo, por ter orgulho na sua
história (ad nauseam, por vezes), pela gastronomia, pelas gentes, por tanta
coisa… uma delas, pelo facto de (quase) todos os seus táxis serem carros ou
elétricos ou híbridos “plug in”.
E confesso que fiquei fã do conceito, das duas ou três vezes
que experimentei a coisa.
A ponto de me ter passado pela ideia que, quando for trocar
de carro, vou ponderar um bicho desses como próxima viatura…
E, depois, deparei-me com o mapa que anexo: Espinho está na
área metropolitana do Porto, dizem que por direito próprio; mas a verdade é que
não há um único ponto de carregamento de carros elétricos em Espinho e o mais
próximo está a uns bons quilómetros de distância.
O Porto tem dezenas deles (dizem que mais do que os
necessários); Gaia tem o concelho todo coberto pelo sistema (parece que em
número suficiente, embora não saiba por que é que o de São Félix da Marinha não
funciona). Em consequência, adequaram as cidades às necessidades das suas
gentes e das suas empresas, potenciaram que as pessoas pudessem ganhar
consciência ambiental (e, já agora, poupar uns trocos, que a malta também tem
direito, não é?).
E Espinho? Nem um só ponto de carregamento (parece que há um
num hotel e outro numa quinta de casamentos, para clientes, obviamente)
Públicos – ou de acesso público – nem um!
E, curiosamente, os que (também aqui) nada fizeram, pedem
outra vez o voto aos espinhenses…
Merecem-no? (Também por isto) é claro que não!
#étempodeespinho
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