POEMA ÉBRIO
Numa berraria inusitada,
Gritas, nesse bar que agora é casa,
Um amor que te envenena.
(Não que o pudesse) não te impeço.
Estás, decerto, crente
De que podes,
De que não há melhor
Que essa pseudo-liberdade
De que falas
E de que é apenas tua
Essa dor
Que dizes forte e escancaras
Amordaçada
Numa sala enorme
Que só tu dizes pequena.
Apenas saio dali:
Essa mágoa é demasiado minha
E, quanto menos a calas
Mais a fustigas, nua
De prantos, prenha de dor…
A verdade?
Eu queria amar-te…
Mas sinto pena.
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